Diário de Bordo – Navegações nas brumas

A pesquisa é algo que suga a gente. Você não abstrai. O tempo todo esta ali.
Não existe um andar descompromissado, uma conversa a toa ou uma leitura “apenas por prazer”.
Tudo significa, o tempo todo.
Nessas andanças, o silêncio é mais amigo do que a multidão. Pensar consome tempo e atenção que não pode ser dispensada em meio aos grandes eventos ou no frenesi das ruas. Não se você submergir nela, e se levar pela torrente.

Mas se você “pergunta demais”, pode ver os desvãos do cotidiano. Tudo aquilo que está, mesmo que não seja presente para a maioria. E captar esses pormenores do cotidiano para aqueles que sempre estão correndo como o coelho da Alice – Tõ atrasado, tô atrasado… – é inviável.
Meu olhos estão ficando mais treinados, mais ainda não é o que almejo. Estou vendo coisas novas e me deixando surpreender A sorte é que elas exigem de mim atenção – e não essa roda-viva que muitos assumiram na vida (seja ela apenas “em átomos”, em bytes ou num misto disso tudo), onde não se sabe de tanta coisa significante, mas se consome muita noticia efemera.
Essa cyberflanerie tem possibilitado descobrir pequenos diamantes – ou seriam só cristaizinhos sem valor para a maioria, ainda que de uma beleza singular? – como todo o mundo encoberto que atende pelo nome de steampunk.
Não posso me afastar do meu foco, mas posso abrir ele ao máximo para captar um pouco mais do mundo, e guardá-lo para “xeretar” mais adiante…
Curiosidade não demanda espaço de armazenamento nem de manuseio…
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