O hálito quente do debate vão…
Atrasam-se os avanços reais para a sociedade por conta de velhas adesões. Mas que avanços queremos? O que verdadeiramente defendemos? Penso que é a falta de uma resposta clara para essa pergunta que dá espaço para toda sorte de embates infrutíferos com os quais nos deparamos, onde o foco é, em maior ou menor grau, tirar o outro daquele lugar que penso ser meu.
Quando colocado tal cenário na vida privada do indivíduo, podemos ler isso como um “inegável desejo de avançar na vida”, mas quando isso se da no espaço público, existe uma inversão da dinâmica que é exigida dessa prática, que pode levar quem a pratica ao desastre.
Rompem-se laços tão duramente trançados. Mas devemos ponderar quais forças podem ser acusadas dessa ruptura. O que fomenta – e fermenta – tais embates, e por que o diferente – ideologicamente ou fisicamente – é visto muito mais do que o outro. É visto como o adversário a ser batido. E não é só batido, é suplantado, extirpado, triturado, cuspido e desaparecido do mundo das vivencias e das ideias.
Temos então um cenário tenebroso, pois em qualquer momento, como num incêndio dentro da mata, o vento pode mudar e aqueles que atiçam o fogo podem se ver diante de muralha intransponíveis de fogo, sem rota de fuga nem esconderijo seguro…
Esse segundo semestre de 2014 pode marcar algo na história nacional… mas quem estará lá para contar tal feito?
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