O INIMIGO AGORA É OUTRO…
Uma reflexão interessante sobre os últimos eventos ocorridos no Paquistão – a “eliminação” de Osama Bin Laden – e algumas motivações e observações que me foi enviada por email por J. Ulysses, produtor da AGECOM/GO
Meus amigos,
Apesar de ser um monstro fratricida, e um ultra-radical religioso e intolerante, a morte de Osama Bin Laden, surge em um cenário de seguintes circunstâncias
1- É interessante notar a localização “óbvia” de Osama Bin Laden: “numa mansão de 3 andares, cercada por vários homens armados e arame farpado” na periferia de uma cidade de 120 mil habitantes a 50 km da capital do Paquistão, um grande aliado de Washington desde os tempos da Guerra Fria. Poderia até ser uma mansão de algum “líder tribal” ou “traficante de heroína”, mas para um país com um orçamento militar exorbitante de 600 bilhões (fora a ajuda militar para outros países e a tecnolgia mais avançada em inteligência e sistematização de dados) não é possível que tenha deixado esse lugar despercebido.
2- Os EUA atualmente passam por uma situação de grande vulnerabilidade econômica, instabilidade e pouca confiança nas instituições governamentais e baixa popularidade do Presidente Barack Obama (alguém teve um dejavú de um certo presidente americano nos anos 2000 / 2001?)
3- A “Guerra contra o Terror” consumiu trilhões de dólares da economia norte-americana, mesmo um grande orçamento militar de 600 bilhões de dólares (o maior do mundo) isso não significa “eficiência”, manter grandes contingentes de soldados, tanques, navios e aviões nos quatro cantos do mundo custa caro, e os EUA não querem mais tirar um tostão do bolso para isso (pelo menos por enquanto). Então qual o melhor meio de acabar com uma “ameaça”? matem o “vilão”!
4- É só conferirem alguns resultados, o preço do petróleo caiu, a economia voltou a ter confiança e o mundo parece mais “seguro”. Além disso, para quem diz que árabes, russos, chineses, coreanos, alemães e sérvios são “radicais”, “xenófobos” e “ultra-nacionalistas”, bastam ver a euforia do povo americano nas ruas comemorando a morte de Bin Laden (mesmo dejavú de 2001) queimando cartazes de Bin Laden, requebrando bandeiras e gritando slogans… se fosse em um outro país nossa querida imprensa “imparcial” diria que são manifestações “ultra-nacionalistas de extrema-direita”, mas como se trata da ainda superpotência norte-americana, seria um “sentimento patriótico”.
5- Em 2001 os EUA era a única superpotência mundial e seu poder era incontestável, hoje temos países que tem experimentado forte crescimento econômico (e em alguns casos, militar) e começam a questionar o poderio norte-americano e sua “autoridade” no cenário mundial: nesse grupo de países, destacamos o atual BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) e seus “satélites”, os chamados “Entrepostos da Autocracia” ditas pela ex-Secretária de Estado Condolezza Rice: Irã, Coreia do Norte, Síria, Cuba, Líbia, Belarus, Myanmar, Venezuela e o “poderoso” Zimbábue.
Em suma, como diz no filme Tropa de Elite II, para a nova política externa de Washington
“O INIMIGO AGORA É OUTRO”.
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